PRIMEIRO
ARCO
Podia
ser pior
e não ter nem nascido.
E
desde já eu agradeço
essa beleza pobre,
o
requinte rústico, o calor infernal,
e
a ausência de bibliotecas.
Se bem pesado,
adquiri
um realismo inútil,
bicho
que disfarça seus caninos
para menos
ferir.
E de que me serviu o
São Francisco?
Imagem
num postal,
metáfora de rio,
e
a fome perigosa dos mergulhos.
Mais
de trezentas romarias e esta fé que titubeia
(aí,
a culpa é minha).
E esse menino contínuo, não cede
e,
às vezes, extrapola
com
ruas poeirentas, caieiras, olarias, campinhos.
Seu
excesso de luz que transforma
ou cega,
a
depender.
E
nem posso tirar daí minhas vergonhas,
alguns
amores, que vitórias?, vícios –
como varrer do
coração o coração?