AGOSTO, É SEMPRE AGOSTO
Agosto,
é sempre agosto quando morro,
e
doer é um sol que não tem sombra,
clareza
negativa sobre as ondas,
que
não cabem nas dobras do meu corpo.
Deitado
nas areias do que sofro,
o
que não digo soa como afronta –
num
dos lados do ser o ser é contra,
e
as praias afogadas sem socorro.
Na
margem, do outro lado, escuto rogos,
já
não sabem Quem é que lhes responda,
e
o abismo das vozes se prolonga.
Agosto,
é sempre agosto quando morro.