ANTOLOGIA
Poucos
poemas nos ajudam a viver,
são
claros como o rosto que amamos.
Não
pedem nada, só esperam ser achados.
Em
silêncio, o pequeno sol de suas mãos
vem
nos amparar feito uma pessoa.
Talvez
nem mereçamos o seu lume
na
rigidez sem fé de nossos dias.
Estão,
ali, na página como no ser.
Menos
que um salmo e mais do que qualquer poética,
esses
poemas nos ajudam a morrer.