Nos mais altos ramos poisam aves
amantes de luz e da frescura em rasgos
restituídos à unidade original e à menção
da alegria que corre nos pulsos nascidos
donde o gesto mínimo se faz voo e o peito
se oferece como libação às flores e frutos
abertos e tão erguidos como só côncavos
de água sustêm E os corpos leves e nus
se inclinarão pejados do odor que percorre
o interior da respiração como afago
Maria Albertina Mitelo. O tempo das aves. Porto: Edições Afrontamento, 2015, p.52