segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A volta dos Arquivos implacáveis! Agora com meu querido poeta (com toda a extensão que o termo implica hoje, principalmente para ele) Ricardo Domeneck. http://ricardo-domeneck.blogspot.com/

ARQUIVOS IMPLACÁVEIS
À maneira de João Condé

Nome: Ricardo Domeneck
Onde nasceu e a data: No município paulista de Bebedouro, no dia 4 de julho de 1977.
É casado, têm filhos? Separado, sem filhos.
Altura: 1,84
Peso: 60 kg

Número dos sapatos: 41
Prato preferido, bebida e jogo: Bife com arroz e salada de tomate. Ou baião-de-dois. Tequila, porque é a única que não me deixa de ressaca. Quanto ao jogo, começo a me entediar cerca de 5 minutos depois de começar qualquer um, seja de cartas ou tabuleiro.

Gosta de cinema, teatro, quais prefere? Posso dizer, creio, que prefiro cinema, em tela de qualquer tamanho. Não poderia contar quantas experiências importantes tive no cinema. Cito duas: "O sétimo selo", de Bergman, visto em um cinema de São Paulo aos 20 anos; outra: "La pianiste", de Michael Haneke, visto 11 vezes no cinema, filme por que fiquei obcecado por algum tempo. As experiências inesquecíveis em teatro foram menos frequentes, mas cito uma: "Vozes dissonantes", da Denise Stocklos.

Poeta e prosador preferido:
Tendo que escolher um, menciono o mestre que elegi para mim mesmo: Murilo Mendes. Não tenho prosador favorito, a preferência oscila entre Machado de Assis e Dostoiévski, Beckett e Hilst. O último que me impressionou foi Bolaño.

Tipo de música e músico preferido: qualquer uma, desde que tenha letra e esta seja cantada por uma mulher: Beth Gibbons ou Billie Holiday, Björk ou Elis Regina, Kate Bush ou Chan Marshall. Entre os compositores clássicos: Schubert.

Qual pintor preferido? Meus pintores favoritos são dois videoartistas: Douglas Gordon e Péter Forgács.

Qual a cor predileta? A quantidade de roupas sujas azuis espalhadas no chão do meu quarto deve indicar essa cor como a favorita, mesmo que inconsciente.

Quando escreveu seu primeiro texto? Ao 12 anos, creio.

Dos seus livros publicados qual o preferido e porquê? O primeiro, Carta aos anfíbios, porque aquela alegria difícil e meio inocente de terminar o primeiro livro nunca mais volta.

Se pudesse recomeçar a vida o que desejaria ser? Ser capaz de compor música é a única coisa que desejaria acrescentar ao que já sou e tenho.

Seu principal defeito: Ciumento, muito, muito ciumento. Muito.

Sua principal virtude: Lealdade extrema aos amigos, o que às vezes pode ser um defeito, quando é cega.

Coleciona alguma coisa? Cruzar rios. Da forma como João Cabral relata sobre Murilo Mendes em um poema.

Algum hobby? Na verdade, eu tenho a imensa sorte de viver do dinheiro ganhado com meu hobby: trabalho como DJ.

Uma ou duas grandes emoções em sua vida? Receber o sim da editora que publicou meu primeiro livro. Receber o sim da editora que publicou o segundo.

É crente ou ateu? Crente. A resposta à próxima pergunta indicará o quanto e como.

Três livros que mudaram sua vida ou, se não mudaram, mas tocaram fundo: Teria que citar cinco - O Livro de Jó; Do sentimento trágico da vida, do Miguel de Unamuno; Os Irmãos Karamazov, do Dostoiévski; Investigações filosóficas, do Wittgenstein; Qadós, da Hilda Hilst. Parece-me mais que necessário mencionar também o que mais me divertiu e mais me fez rir em público, nos ônibus e trens de Berlim: o delicioso The Autobiography of Alice B. Toklas, da Gertrude Stein.

Se pudesse escolher como gostaria de morrer? De forma indolor; e feliz.