quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A poeta, contista e ensaísta Nívia Maria Vasconcellos é amorosa no verso e na vida. Pedro Sette-Câmara, ao escrever sobre ela, disse o seguinte: “NMV fala [...] de algo inapreensível: o amor. [...] o amor é encontrado e, por que não, o agora passa a ser vivido.” O leitor pode comprovar nos seguintes livros: ... para não suicidar, 2006, de contos, reeditado pela Mondrongo em 2015, Escondedouros de amor & outros versos sob a espera, 2008, e A morte da amada & outros poemas rasgados, 2013, também pela Mondrongo. NMV é multi com suas verbalizações, apresentações musicais, parcerias diversas. Conheça mais sobre essa extraordinária feirense aqui: http://www.niviamvasconcellos.com/ 
     
ARQUIVOS IMPLACÁVEIS
À maneira de João Condé 

Nome: (artístico) Nívia Maria Vasconcellos.

Onde nasceu e a data: Feira de Santana, Ba, 26/03/1980.

É casado (a), tem filhos? Ajuntada”, em breve casada, por enquanto sem filhos.

Altura: 1,58, mas juro ser 1,60.

Peso: hoje: 61,5 kg, amanhã não se sabe.

Número dos sapatos: 35 ou 36, depende do modelo.

Prato preferido, bebida e jogo: respectivamente: salmão grelhado com legumes ao vapor; vinho (aprecio também uma boa cerveja, não posso deixar de falar do café e venho me aproximando cada vez mais do uísque); já fui muito boa no futebol, adoro xadrez.

Gosta de cinema, teatro. Qual prefere? Gosto de ambos. Apesar de preferir teatro, tenho ido mais ao cinema, ele tem me oferecido mais contentamento.

Poeta e prosador preferido: poeta: difícil me restringir a um, vou ficar com dois nacionais: Bandeira e Hilst; e um estrangeiro: Pessoa. Mas, nos últimos anos, meus olhos e atenção são de Bruno Tolentino. Prosador: Dostoievsky pesa, mas vou ficar com Guimarães Rosa.

Tipo de música e músico preferido: sou bem eclética musicalmente: Do Jazz, Blues, Bossa, Rock, Soul, MPB à Música Clássica. Tenho ouvido muito Sibelius (Das Booty é o culpado). Adoro Chopin e dirigir ouvindo Janis Joplin é demais. Atualmente, todavia, meu músico preferido é mesmo meu amigo Paul Akenaton.

Qual pintor preferido? Os renascentistas me atraem muito, Van Gogh me intriga, mas quem mais me arrebata mesmo é Caravaggio.

Qual a cor predileta? Vermelho.

Quando escreveu seu primeiro texto? Aos 8 anos de idade, já escrevia coisinhas, mas com consciência literária só lá depois dos 14 anos.

Dos seus livros publicados qual o preferido e por quê? Publicar para mim sempre me traz angústia, aquela sensação que eu estarei dando uma forma definitiva a algo que poderia ser ainda trabalhado... Enfim, para eleger um, diria o inaugural: Invisibilidade. É um opúsculo, com apenas um poema. Pequeno, singelo. Lançado pelo MAC (Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana-BA). Ele é especial, porque representa um acolhimento para mim. Foi através dele que minha identidade de poeta foi sendo reconhecida pelos meus conterrâneos.

Se pudesse recomeçar a vida o que desejaria ser? Desde pequena, eu sempre quis ser cantora e multi-instrumentista. Então, recomeçaria com essas duas habilidades/talentos, mas não queria deixar de ser escritora, agregaria as duas atividades artísticas. 

Seu principal defeito: falta de memória, principalmente de nomes e fisionomias.

Sua principal virtude: gostar muito de ler.

Coleciona alguma coisa? Livros.

Algum hobby? Ler, assistir a filmes em casa e participar de corridas de rua.

Uma ou duas grandes emoções em sua vida? Difícil apenas duas. Entrar pela primeira vez em meu apartamento. Toda vez que chega um livro pelo Correio é uma grande emoção. Mas acho mesmo que a grande emoção da minha vida ainda está por vir.

É crente ou ateu? Crente (questionadora) de formação católica.

Três livros que mudaram sua vida ou, se não mudaram, mais tocaram fundo: tocaram fundo: Livro do desassossego (Bernardo Soares, Fernando Pessoa); Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão (Hilda Hilst) e Anulação e outros reparos (Bruno Tolentino), por meio dele conheci Ao divino assassino, poema que me sequestrou por semanas e ainda me detém.

Se pudesse escolher como gostaria de morrer? “com cada coisa em seu lugar”.


Do livro A morte da amada & outros poemas rasgados:



Do livro Escondedouros de amor & outros versos sob a espera: